Avançar para o conteúdo principal

Medidas para reduzir os efeitos da crise


A minha bikla "nini"

Saquinho das compras com motivos florais, sempre feminino e fresco.
Este texto é mais uma vez uma resposta a um comentário que recebi no blog. Ironicamente um estrangeiro escreveu que eu e os portugueses em geral se queixam demasiado e que criticam a torto e a direito sem procurarem solucções plausíveis para a crise. Depois de ter reflectido sobre isto decidi tomar medidas e partilhar com os leitores algumas das possíveis ideias para reduzir os efeitos da crise.
 Em primeiro lugar temos de começar por baixo, ou seja por cada um de nós: 1. Deixe de usar o automóvel ou reduza as viagens feitas com o automóvel e pegue na bicicleta que tem há tanto tempo a apanhar ferrugem em casa. Claro que esta medida poderá ser drástica para as muitas pessoas que vivem longe do trabalho ou dos centros urbanos, mas não há como tentar. Além disso a bicicleta é fácil de estacionar, ajuda-o a manter em forma e respeita o ambiente; Poderá também começar a apanhar mais transportes públicos, apesar de nem sempre estarem a tempo, talvez fosse melhor que todos desenvolvessemos essa conciência cívica e as indústrias dos trasportes fossem obrigadas desta forma a melhorar a qualidade do serviço; 2. Tente ter sempre por casa meia dúzia de vazos com plantas que possam ser utilizadas na cozinha, como o manjericão, a alecrim, salsa...felizmente Portugal ainda tem uma temperatura mediterrânica que permite ao cidadão comum ter em casa alimentos vegetais frescos e de grande qualidade. Desta forma evita gastar dinheiro no supermercado com temperos artificias que a maior parte das vezes só tem embalagens em plástico que depois tem de deitar fora. Se tiver mais espaço com terra aventure-se e plante mais umas coisinhas, vai ver como é gratificante comer o que se planta 3. Deixe de fumar, será melhor para a sua saúde e para o seu bolso. 4. Se gosta de ter uma boa vida social e se sente que a crise o impede de saír tanto como gostaria tente fazer tertúlias com os seus amigos em sua casa, vai ver que poderá conversar sobre tudo melhor e que o dinheiro que gastar numa ida ao supermercado será menos do que se passar toda a noite a beber numa discoteca cheia de barulho.4. Se for criativo e habilidoso, ou se estiver desempregado não compre mais roupas, a sua depressão e sede de compra vai aumentar o lucro das grandes multinacionais, vá ao seu guarda-roupa antigo e tente recriar a sua vestimenta, o estilo "retro" por exemplo agora é muito apreciado e se for talentoso/a poderá acrescentar umas rendas, custurar aqui e ali. Acredite que pode ficar impressionado com o resultado.  5. Pare de ir ao centro comercial no fim-de-semana para além de o fazer sentir impotente porque não pode comprar tanto quanto gostaria não o ajuda a aprender nada nem a encontrar solucções para os seus problemas,Portugal tem muitos parques naturais e muitos monumentos cheios de história para se ver, leve os miúdos consigo a faça com que se divirtam, corram e apredam alguma coisa para além das promoções do Macdonalds. 6. Se estiver doente não deixe que o seu médico lhe passe receitas farmacêuticas exorbitantes exija genéricos, são medicamentos mais baratos exactamente com os mesmos componentes. A verdade é que muitas indústrias ligadas ao mercado da saúde oferecem "certos" privilégios aos profissionais da saúde para que estes continuem a vender produtos caros às pessoas. 7. Quando for fazer compras tente sempre comprar produtos nacionais, para além de ajudar a manter o emprego de milhares de portugueses estará também a ajudar a economia. 8. Encare a crise como um desafi oe não como uma derrota, esta será também uma medida muito importante a ter uma vez que é através primeiro da mentalidade que as coisas podem mudar e nem sempre é perseguindo propostas de trabalho impossíveis ou aceitar salários de fome. Não deixe os seus empregadores abusarem de si porque "a crise tem as costas largas" e pode ser motivo e razão para muitas coisas mas não é para tudo.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Mensagem do Dia da Criança

Hoje é dia mundial da criança, por isso decidi escrever. Não vou fazer poemas nem lançar balões para o céu mas achei que hoje era um bom dia para recordar a memória e a história de todas aquelas crianças que foram vítimas das piores atrocidades e que por serem crianças foram silenciadas. A história mais recente é a da menina chamada Diana Farkas que foi morta pela própria mãe em Charleroi, na Bélgica cortada em pedaços e conservada dentro de um congelador durante meses. Quando a polícia encontrou o corpo e descobriram que tinha sido a própria mãe a matá-la, o psicólogo teve de fazer o seu trabalho e perguntar à mãe o motivo de tal crime hediondo. A mãe disse que vivia uma relação agressiva com o pai da criança e que temia que um dia ela Diana fosse a sofrer com a mesma violência, por isso a tinha matado, evitaria assim um sofrimento futuro para a criança. A imprensa tinha avançado anteriormente com a ideia que a mulher poderia sofrer disturbios mentais uma vez que tinha alegado

Rui de Paula: sinónimo de comida portuguesa de luxo

        O cozinheiro Rui de Paula, do Porto é um fenómeno mundial e  local de sucesso. Em Portugal tem dois  restaurantes de renome o primeiro entre a Folgosa e o Pinhão no rio Douro  o Doc,   e  segundo, o Dop no Porto  que fica localizado no Palácio das Artes na Fábrica de Talentos mais precisamente no Largo de S. Domingos.  Em Setembro esteve na Suíça e foi motivo  de orgulho e admiração pelos portugueses que trabalham na cozinha  e de surpresa  pelos suíços. Falei com o chefe de cozinha Carlos Manuel Gonçalves que trabalha  há 21 anos como cozinheiro  e que tem como fundo de especialização gastronómica  a cozinha italiana e suíça.   Carlos Gonçalves explicou que Rui de Paula esteve a trabalhar no workshop do restaurante de 14 a 21 de Setembro e esteve a explicar como confeccionar os pratos que ele criou sempre com um fundo tradicional apesar de serem inovativos.       O chefe do restaurante Santa Lucia Teatro em Zurique, na Suíça afirmou que o que mais o surpr

Portugal, Porto calem ou laranja

Laranja. Laranja. Laranja. Esta é a tradução fonética da palavra Portugal em alguns países do médio oriente e até em alguns dialectos mediterrânicos.Esta descoberta que fiz acidentalmente devido a uma piada de uma mulher do Irão fez-me ir rever os meus conhecimentos de história e viajar/ descobrir as fascinantes trocas comerciais do mediterrâneo e chegar à conclusão que até hoje muitos mistérios históricos e factos que aconteceram entre árabes e portugueses ficaram na sombra do passado à espera de um momento para ver a luz.    - Não consigo controlar o riso quando me perguntam de onde vem. Digo sempre que vem de Portugal mas sempre que falo em árabe imagino-a a viver numa laranja gigante.      Perguntei à mulher exactamente o que queria dizer e entendi que a palavra laranja na sua língua materna era Portugal. Na altura achei curioso mas pensei que se tratasse de uma coincidência fonética, uma vez que durante anos sempre me ensinaram na escola que a palavra Portugal derivav