Boa tarde, Escrevo neste momento de um dos cafés locais do lugar onde sou nativa: Fridão. Uma das aldeias que pertencem a Amarante, uma cidade que fica no interior de Portugal entre Trás-os-Montes e o Minho. Por aqui fala-se de crise, mas ninguém fala de outro tipo de crise. A crise do homem dos autocarros que não tem informções e que não sabe nada sobre horários de autocarros, a crise do Médico que entra a serviço a horas indeterminadas entre o cigarro e o café da manhã. Aqui ninguém fala da crise que é a construção de uma barragem que vai submergir uma obra de milhares de euros, ninguém fala de um centro de estágio que demorou cerca de uma década a ser contruído e que vai ficar debaixo de àgua...deve ser a canoagem... Ninguém aqui fala da crise de milhares de euros de dívida externa que Portugal tem com o estrangeiro e das guerras entre políticos nacionais e locais que em vez de procuarem soluções passam a vida, num exercício inútil de ver que é que tem razão.